Você é a MULHER DO ANO!
A de carne, osso, suor e jornada dupla. A que você conhece de perto. A sua amiga, sua vizinha, sua mãe, você mesma. A que transforma cansaço em coragem, a que acorda cedo, enfrenta fila, ônibus lotado, trabalho pesado e ainda arruma espaço nela mesma pra sonhar. É aquela que não vive de holofote, mas de vida real. Que não precisa de narrativa pra provar a força da mulher brasileira que já nasce nela. Num país onde milhões de mulheres brasileiras sustentam casas, famílias, batalhas e cicatrizes, virou moda certos setores da mídia e da política escolherem “mulher do ano” sem olhar para o país real.
E aí, quando anunciam prêmios que não representam o sentimento da maior parte das próprias mulheres, como aconteceu agora com a escolha da deputada Erika Hilton, fica nítido o descompasso entre o Brasil real e o Brasil da imprensa.
E isso não é um ataque à pessoa.
É crítica ao processo
É crítica à desconexão.
Porque quem vive a realidade sabe que a verdadeira mulher brasileira não quer ser usada como símbolo por conveniência política e ideológica. Ela quer ser vista.
Lembrada.
Protegida.
Não substituída.
Principalmente, por alguém que sequer nasceu mulher.
Mas enquanto a bolha comemora, a verdadeira MULHER segue FIRME, conquistadora, anônima e gigante.
Ela não precisa de aplauso pra existir.
Precisa apenas do espaço que conquistou com a própria luta.
E esse ninguém toma dela.
Porque a mulher do ano é a que vence todo santo dia a luta de ser ela mesma num país que tenta dizer o contrário.
É a que encara o espelho e não pede autorização pra ser real.
No fim das contas, a mulher do ano continua sendo você.
A que não espera troféu.
A que não negocia dignidade.
A que não precisa ser reconhecida por quem nunca carregou o peso que você carrega. A mulher do ano é você que se mantém de pé, mesmo quando o mundo insiste em te ajoelhar.
A mulher do ano é a que não precisa de ninguém para lhe coroar.
Ela mesma põe a coroa na cabeça!
👑
Cleonio Dourado
@eucleonio
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