“E Jesus, estendendo a mão, tocou-o dizendo: quero, sê limpo.”
(MATEUS, 8:3.)
Meditemos na grandeza e na sublimidade das mãos que se estendem para o bem…Mãos que aram a terra, preparando a colheita…Mãos que constroem lares e escolas, cidades e nações…
Mãos que escrevem, amando em louvor do conhecimento…Mãos que curam na medicina, que plasmam a riqueza da ciência e da indústria, que asseguram o reconforto e o progresso…Todas elas se abrem, generosas, na direção do Infinito, gerando aperfeiçoamento e tranqüilidade, reconhecimento e alegria, conjugando-se abnegadas, para a extensão das bênçãos da Sabedoria e de Amor na Obra de Deus. Mas pensemos também nas mãos que se estendem para as sombras do mal…Mãos que recolhem o ouro devido ao trabalho em favor de todos, transformando-se em garras de usura…Mãos que acionam apetrechos de morte, convertendo-se em conchas de sangue e lagrimas…Mãos que se agitam na mímica estudada de quantos abusam da multidão para conduzi-la à indisciplina em proveito próprio…Mãos que ferem, que coagulam o fel da calúnia em forma de letras, que amaldiçoam, que envenenam e que cultuam a inércia…Todas elas se cerram sobre si mesmas em círculos de aflição e remorsos pelos quais se aprisionam às trevas do sofrimento. Reparemos, assim, a que forças da vida estendemos as nossas mãos. Jesus, o Mestre Divino, passou no mundo estendendo-as no auxilio de todos, ensinando e ajudando, curando e afagando, aliviando corpos enfermos e levantando almas caídas, e, para mostrar-nos o supremo valor das mãos consagradas ao bem constante, preferiu morrer na cruz, de mãos estendidas, como que descerrando o coração pleno de amor à Humanidade inteira.

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