O tempo não espera.
Ele passa.
E sutil ou barulhento, ele arrasta oportunidades, fases, pessoas, vontades. E no meio desse furacão, muitos de nós voamos descontrolados, feitos aviões de papel.
Planos escritos, desejos antigos, ideias anotadas em algum lugar, nos rabiscos na agenda e naquele grupo em que estamos sozinhos no celular. Desejos e vontades que, com o passar dos meses, se transformam em poeira, acumulando entre o medo e a rotina.
Mas assim é a vida.
Não só sua ou minha, da grande maioria.
A verdade é que nem sempre é falta de vontade. Às vezes, é excesso de dúvida. Medo do fracasso. Receio do julgamento. Insegurança sobre o próprio valor. E enquanto esperamos pelo “momento certo”, o desejo esfria e o momento passa.
O tempo passa.
E o sonho, fica.
Fica esperando que a gente pare de dar ouvidos ao mundo e comece a escutar a si mesmo. Fica ali, aguardando coragem. Coragem de tentar, mesmo sem garantias. Coragem de começar pequeno. Coragem de seguir apesar levantando após tropeços.
Talvez, o que te impede não seja a falta de capacidade, mas a falta de visão. Porque quando a gente enxerga com clareza o que nos trava, o que nos sabota, o que nos freia, a gente começa a se enxergar e se libertar.
Então pare.
Respire.
Resonhe teus sonhos. E ao invés de deixá-los presos, transforme-os em planos. Depois em ação. Depois em plantio. Depois em colheita. Depois em vida.
Porque o tempo vai passar de qualquer jeito e só depende de nós, se ele vai passar nos construindo ou nos atolando.
E você?
Quer ser como a águia que domina o céu?
Ou só mais um avião de papel?
Cleonio Dourado ✔

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