De repente, estamos no meio do ano novamente.
Parece que foi ontem que brindávamos promessas com taças e esperanças guardadas. O calendário voa sem esperar atrasados.
E aqui estamos. Junho. Meia vida. Meio ano.
Meio termo entre o que sonhamos e o que realizamos. Meio termo entre janeiro e dezembro. Meio termo entre lembranças de promessas e certezas que não fizemos nada.
A academia até que tô indo, o livro que ia escrever está preso no primeiro parágrafo, a troca de carro empacou nas taxas do Haddad, as viagens não cheguei nem na metade, tô me esforçando pra ir mais a missa, pras caminhadas ainda tô com preguiça, a dieta comi com pão e linguiça e tem muita coisa importante ainda guardada no grupo que só tem eu, comigo mesmo do zap. Mas nunca é tarde.
Sinto uma sensação no ar. Não é frio nem calor. É um calma misturada com pressa. Parece que o mundo gira cada vez mais rápido. E nós, continuamos tropeçando em agendas de compromissos que não cumprimos, fingindo que estamos no controle. Mas não estamos. Nunca estivemos.
Junho é um espelho. Devolve a mesma imagem do ano passado e uma interrogação estampada na testa:
- E agora?!?
Talvez agora seja a hora de começar, continuar ou parar. Ou pelo menos respirar. Escrever, nem que seja uma linha e fazer as pazes com o calendário. Porque, no fundo, o meio do ano é só um lembrete gentil e cruel, de que ainda dá tempo.
E esse "ainda" é a palavra mais bonita quando ainda temos esperança de realizar nossos projetos.
Certeza que amanhã eu começo!
Ou definitivamente, me despeço.
"Ainda" não sei.
Então, um FELIZ MEIO DO ANO pra vocês! 🥂
Cleonio Dourado ✔

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